terça-feira, 3 de julho de 2012


Já não há ….



Já não há amor; já não há paixão; já não há aquele frio na barriga quando ele passa com seu ar pomposo; já não existe vontade de se arranjar, maquilhar só por ele e para ele; não há sequer vontade de chorar pois o cansaço provocado  já a tomou por vencida. O brilho outrora existente, aquele cintilar de olhos pelo simples facto de se falar nele desapareceu por completo. Agora?! Agora estão baços sem cor como que desprovido de vida, é-lhe tudo tão indiferente…já não distingue o bem do mal, o certo do errado, já não há discernimento naquela massa cinzenta denominada de cérebro pois antes apenas pensava nele, vivia para ele, fazia tudo em função dele mas agora que ele se foi ficou desnorteada, não sabe que rumo tomar!

A vontade de desaparecer e morrer é tanta que ela foge, corre sem olhar para trás pois não quer ficar no mesmo sitio que a sua vida…. Corre e corre até ficar sem fôlego mas quando repara ainda não saiu do mesmo sítio pois continua presa. Presa as memorias (boas e más), aos sítios especiais, as músicas que um dia lhe foram dedicadas e sobretudo presa a ele pois ninguém pode partir apenas com meio coração, pois aquele em que um dia pensou ser o seu grande amor tirou-lhe metade sem autorização, e ainda não o devolveu……. E mais irónico disto tudo é ter sido provocado por uma simples palavra, uma palavra tão vulgar e que costumamos dizer e agora ecoa no vazio deixado………… a palavar que ainda mata : "Adeus"